Augusto na homenagem do Batalhão aos 70 anos do embarque da FEB à segunda guerra

O vereador Augusto Cesar (PP) representou o poder Legislativo cachoeirense na manhã desta quarta-feira em uma solenidade promovida pelo 3º Batalhão de Engenharia de Combate. A atividade foi em homenagem à marca dos 70 anos do embarque da Força Expedicionária Brasileira ao teatro de operações dos aliados na Itália, na 2º Guerra Mundial, para reconhecer a luta empenhada por 25 mil pracinhas brasileiros. Na cidade, não restou vivo nenhum pracinha combatente da 2ª Guerra.
 
Até meados de 1937, o Brasil tinha afinidade diplomática com a Alemanha, onde imperava o nazi fascismo, mas esta relação começou a se desgastar por questões econômicas e políticas até seu rompimento um ano depois. A participação voluntária do país se deu por questões logísticas estratégicas, já que o nordeste brasileiro era tido como um ponto de defesa de possíveis ataques nazistas aos Estados Unidos. O ápice para a entrada na guerra se deu quando cerca de 500 civis brasileiros foram mortos em ataques sofridos por navios mercantis. Somente em 1944 a FEB foi enviada para o front.
 
Na solenidade, o comandante do Batalhão, tenente-coronel Paulo Fernando Curci Curti, fez questão de enaltecer o momento em que se reverencia o patriotismo, durante a Copa do Mundo, mas também como um instante de reflexão. “Um componente importante do nosso patriotismo são os heróis nacionais, e herói podemos considerar aquele que dedica a sua ação por uma grande causa chegando ao limite de doar a sua vida por ela”, disse, referindo-se aos praças brasileiros, cuja história infelizmente, registrou o coronel, não é conhecida da população. Durante todo este ano, o Exército deverá fazer homenagens à FEB, assim como em 2015, quando serão comemorados os 70 anos da rendição da 48ª divisão do Exército alemão, que colocou ponto final naquela guerra. O Batalhão inaugurou um monumento em homenagem à FEB e aproveitou para saudar a presença de uma viúva de um antigo pracinha da cidade.
 
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Na Itália, a FEB teve o complemento de sua preparação junto às tropas do Exército americano. Naquele momento, o objetivo dos aliados era impedir o deslocamento das tropas alemãs até a França, de onde era planejada a ofensiva final. As primeiras vitórias brasileiras ocorreram em setembro de 1944, dois meses após a chegada dos expedicionários, com a tomada das localidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano. No início do ano seguinte, os pracinhas participaram de outras conquistas, entre elas a do Monte Castelo.
 
A FEB perdeu 454 soldados. A participação na luta aumentou a contradição do país, que vivia sob um regime ditatorial, mas enviava tropas em busca de democracia no exterior. O retorno dos contingentes da FEB precipitou, assim, a queda de Vargas em 1945.