Legislativo confere a Airton Ortiz título de cidadão honorário

A Câmara de Vereadores concedeu, na noite desta quarta-feira (9), o título honorífico de cidadãos honorário ao jornalista e escritor Airton Ortiz. Nascido no município de Rio Pardo, em 27 de novembro de 1954, Airton mudou-se para Cachoeira do Sul no ano 1966, cidade onde estudou e iniciou sua vida profissional.

No início da cerimônia, Airton Ortiz recebeu das mãos da secretária de Educação Maristela Almansa a placa com o diploma com o título de cidadão honorário de Cachoeira do Sul. O escritor e jornalista também foi homenageado pelas entidades por onde passou em sua trajetória no município, como a Escola Ataliba Brum (antiga Escola Isolada nº 18), a Escola Rio Jacuí, a Rádio Cachoeira e o Jornal do Povo. Após as homenagens, foi transmitido no telão um vídeo com diversas entrevistas concedidas pelo escritor ao longo de sua carreira.

Propositor da inciativa, o vereador Edson Richa (PP) relatou a reação de Airton ao descobrir que receberia o título. “Ele deu um suspiro profundo e disse: ‘Tu me resolveste um problema. É que eu saio pelo mundo afora dizendo que eu sou cachoeirense. Agora eu vou poder afirmar, realmente, que eu sou de Cachoeira do Sul”.

Elogiando o trabalho do escritor e jornalista, Richa lembrou a veiculação de um comercial de rádio e TV que trazia o bordão Quem lê, viaja. “Nós, nesta noite memorável, reverenciamos alguém que viaja e escreve para outros que leem e viajam. É o ciclo cultural perfeito se fechando. E o Airton Ortiz consegue escrever e descrever a cultura gaúcha com a mesma desenvoltura que lida com o misticismo maia”.

O vereador também destacou o momento oportuno da solenidade. “Cachoeira do Sul é realmente uma terra privilegiada, pois tem a honra de homenagear um renomado autor genuinamente cachoeirense, no exato período em que transcorre a sua Feira do Livro”, disse. “Airton se alfabetizou na Escola Isolada nº 18 e por um descuido publicou até agora 17 livros. O 18º certamente já está em elaboração, pois quem começou no 18, não pode para no 17”, completou, brincando.

O homenageado iniciou seu pronunciamento agradecendo pelo título. “Hoje se completa um ciclo da minha vida. Isso só me dá mais responsabilidade daqui para frente. Tudo o que eu fiz será pequeno diante do que eu precisarei fazer para poder, realmente, dizer que eu sou cachoeirense”.  Na sequência leu trechos de seu livro “Aventura no topo da África”, que traz referências à cidade de Cachoeira do Sul.

Airton Ortiz também ressaltou a importância da leitura e do estudo. “Tudo que acontece na nossa vida de adulto é resultado da preparação que fizemos quando éramos jovens. E eu tive o privilégio de estudar dos 10 aos 20 anos aqui em Cachoeira do Sul. Eu não tenho dúvida que cheguei onde cheguei devido à qualidade da preparação que eu tive nesta cidade, nas escolas que por aqui passei. O que mudou minha história foram os livros que eu li aqui no João Neves, no Roque, no Liberato, no Rio Jacuí e no Ataliba Brum, pois os livros mudam as pessoas”.

O escritor e jornalista finalizou seu discurso reforçando sua identidade: “No início da sessão fui perguntado o que mudava daqui pra frente com esse título. E eu respondi: ‘simbolicamente muda muito, mas na prática não muda nada, porque eu sempre fui cachoeirense’”.

A cerimônia foi encerrada com a apresentação do Grupo Vocal do Colégio Marista Roque.