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Frankini organiza em Cachoeira comitê em defesa das pessoas desaparecidas

 

Com o objetivo de estabelecer uma ampla rede de atuação para enfrentar as causas dos desaparecimentos, aprofundar as políticas públicas e fortalecer a legislação para a punição de criminosos ligados ao desaparecimento de pessoas, o vereador Frankini (PT) reuniu-se, na sexta-feira (8), com o deputado estadual Aldacir Oliboni. A ideia é construir, em Cachoeira do Sul, um comitê municipal articulado com a Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas Desaparecidas, instalada na Assembleia Legislativa gaúcha na última segunda-feira (4).

Segundo Frankini, o comitê irá informar e conscientizar a comunidade cachoeirense sobre os cuidados necessários para evitar o desaparecimento de familiares e amigos, além de contribuir na localização de desaparecidos e auxiliar na proteção às vítimas e seus familiares. "Esse é um problema muito sério que tem de ser enfrentando de forma integrada, ligando Cachoeira do Sul tanto à rede estadual quanto nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas", disse o parlamentar.

O deputado estadual Oliboni destacou que, só no ano passado, foram registrados pela Polícia Civil mais de dez mil casos de desparecimento no Rio Grande do Sul e mais de 4.600 pessoas desapareceram e não foram encontradas. "A participação dos agentes em nível municipal neste debate é fundamental. É lá, muito próximo à comunidade que as coisas realmente acontecem", frisou Oliboni.

Causas

Dentre as várias causas para o desaparecimento de pessoas destacam-se situações como abandono, violência familiar, drogadição, problemas de saúde mental, entre outros. Porém, a maioria dos casos estão diretamente relacionada com o tráfico de pessoas realizado por redes criminosas vinculadas à exploração sexual, adoções ilegais, trabalho escravo e tráfico de órgãos. Nesse sentido, Frankini espera contar com o engajamento da comunidade na ação. "A questão da rapidez da informação é fundamental quando estamos falando de desaparecimento de pessoas. Por isso, vamos divulgar e incentivar os cachoeirenses a utilizar o disque 100, que recebe denúncias não só do Brasil, como do exterior", reforçou Frankini.