Augusto Cesar apresenta requerimento convocando Marta Caminha

Motivado pela crise que persiste na rede municipal de saúde de Cachoeira do Sul o vereador Augusto Cesar decidiu apresentar um requerimento convocando a secretária municipal da Saúde para prestar esclarecimentos à Câmara sobre as diversas polêmicas que envolvem o setor durante este início de governo. O pedido foi aprovado em plenário, subscrito por todos os demais vereadores, exceto pela vereadora Daniela Santos, ausente na noite de ontem por motivos pessoais.

A convocação está embasada nos termos do art. 16 da Lei Orgânica do Município, segundo o qual, quando o requerimento for assinado pela maioria de seus membros, o comparecimento deve ocorrer, obrigatoriamente, no prazo máximo de quinze dias, para tratar sobre o assunto previamente designado e constante da convocação.

No caso as questões apontadas perpassam pela dificuldade no agendamento de consultas, pela carência de médicos e de cirurgias, pela polêmica sobre a carga horária dos funcionários do Plantão até a construção de novos postos de estratégia da saúde da família (ESF's) e a criação de uma central regional de regulação do Samu em Cachoeira do Sul.

Será realizada uma sessão especial para a oitiva da secretária da saúde, porém a data ainda dependerá do acerto entre a secretária e a Presidência da Câmara. Em três dias úteis antes do comparecimento deverá ser enviada à Câmara uma exposição em torno das informações solicitadas, conforme determina a lei maior do município.

Para Augusto Cesar, o fato de a Prefeitura reconhecer a existência de uma série de problemas é o primeiro passo, mas isto implica num planejamento bem estruturado para combater a crise, cuja definição deve contar com a participação dos vereadores e da sociedade. "O que leva a uma situação de perplexidade entre nós da sociedade, a classe médica e os servidores da saúde, em particular, é esse discurso da secretária de reconhecer a crise do setor de saúde. Se por um lado isso é positivo: um novo governo assumindo e já reconhecendo uma situação de calamidade, por outro é preciso que esse discurso tenha a contrapartida em ações governamentais que venham a transformar, de fato, a situação da rede de saúde, dando condições de que a população seja melhor atendida", disse.

MARKETING - O problema é que, na maioria das vezes, essas posições são muito mais voltadas ao marketing político do que propriamente a uma decisão concreta de assumir o compromisso de solucionar o problema e encontrar uma saída responsável para a situação da rede pública de saúde, esclareceu o parlamentar progressista.