Legislativo destaca 500 anos da Reforma Luterana.
A Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul realizou, na noite desta quarta-feira (25), uma sessão solene para homenagear os 500 anos da Reforma Luterana. A solenidade reuniu representantes de diferentes segmentos religiosos e contou com a apresentação do Coral Martim Lutero.
Iniciando os pronunciamentos, o propositor da homenagem, vereador Luis Paixão (PP), falou a vida e a atuação de Martinho Lutero. “Na Renascença, o papa havia concedido uma indulgência para quem doasse qualquer quantia para a reforma da Basílica de São Pedro. Lutero viu este tráfico de indulgências como um enorme abuso que poderia confundir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiro. Após realizar sermões condenando tal prática, em 31 de outubro de 1517, afixou nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg as chamadas 95 teses, documento escrito por ele próprio condenando os abusos cometidos pela Igreja. Essa ruptura com a Igreja levou à criação de uma nova religião cristã – o Luteranismo”.
Ao final de seu discurso, Paixão relatou que, apesar de ser católico, foi após ter assistido a um documentário sobre a vida de Martinho Lutero que decidiu entrar para a política. “Ver a luta de Lutero me fez perceber que era necessário sair da minha zona de conforto e fazer alguma coisa pela sociedade”, disse.
Na sequência o presidente da Paróquia de Confissão Luterana em cachoeira do Sul, José Rodrigues Voigt, destacou o luteranismo em Cachoeira do Sul. “O legado da Reforma Luterana em Cachoeira do Sul começou em meados do Século XIX, quando os primeiros imigrantes alemães começaram a chegar à região. Unidos pelos mesmos ideais, pela mesma língua e pela mesma fé, em 1893 fundaram a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Cachoeira do Sul. Seguindo o lema que trouxeram da pátria-mãe ‘ao lado de cada igreja, uma escola’, adquiriram uma casa para que servisse de capela-escola. Hoje com 124 anos, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Cachoeira do Sul passou-se a denominar Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Cachoeira do Sul e é constituída pela Comunidade do Bairro Marina, Comunidade do Bosque, Comunidade Martinho Lutero e seus pontos de pregação – Barragem do Capané, Dorasnal e Piquiri. O Colégio Sinodal Barão do Rio Branco é um departamento da Comunidade Martinho Lutero. Orgulhamo-nos, como instituição religiosa, de participar da vida de nossa comunidade e de contribuir para o seu engrandecimento”.
O presidente da Congregação Evangélica Luterana Cristo Redentor, Luiz Kelling, por sua vez, aproveitou o espaço para elogiar a iniciativa da Câmara e agradecer pela homenagem. “São iniciativas como essa que integram o Poder Público com a comunidade, dando oportunidade a diversos segmentos a divulgar, debater, orientar sobre cada acontecimento importante”.
O último a se manifestar, o Pastor Sinodal do Sinodo Centro/Campanha/Sul, Bruno Ari Bublitz, fez questão de ler a placa comemorativa da data, que recebeu do Legislativo no início da solenidade. “Aqui diz ‘Pastor Bruno, receba a homenagem da Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul pelo transcurso dos 500 anos da Reforma Luterana, um dos marcos fundadores da História Moderna, eis que universalizou o acesso à Bíblia e corrigiu rumos da Igreja, à qual deve estar alicerçada sempre na fé em Deus’. Agradeço à homenagem, mas quero dizer que essa placa não pertence somente a mim. Essa placa pertence à história e à comunidade de Cachoeira, que hoje se reúne para celebrar esse momento especial. É um privilégio estar hoje com vocês, irmãos, inclusive de outras denominações religiosas, para celebrar essa data”.
Presenças
Além dos vereadores, a solenidade contou com a presença do Secretário Municipal do Desporto, representando o Executivo Municipal, Ronaldo Trojahn; do Comandante da Guarnição Federal e 3º Batalhão de Engenharia de Combate, Guilherme Stagi Hossmann; do diretor da Ulbra/Cachoeira do Sul, Rogério Brandt; do capelão da Ulbra Cachoeira do Sul, Pastor Adalberto Gross; do juiz do Juizado Especial Cível e Fazenda Pública da Comarca de Cachoeira do Sul, Dr. Daniel André Berthold; do diretor do 4º Núcleo do Cpers/Sindicato, Jucemar da Costa; do coordenador do Fgtas/Sine de Cachoeira do Sul, Júlio Lopes, e representantes da Comunidade Martim Lutero, Mirtes Preuss, do Colégio Sinodal Barão do Rio Branco, Rogério Alfredo Hamester e da Associação de aposentados e pensionistas de Cachoeira do Sul, Werner Bittelbrunn.