Câmara destaca 195 anos de independência do Brasil em sessão solene

A Câmara de Vereadores realizou, na noite desta terça-feira (05), sessão solene para lembrar a Semana da Pátria. Participaram da solenidade o Capitão Cristopher Pinto Lisboa, representando o 13º Grupo de Artilharia de Campanha, o Tenente Álvaro de Souza Santos, do 35º Batalhão de Polícia Militar e o Secretário Municipal de Administração, Marco Aurélio Silveira.
 
A primeira a se pronunciar, a vereadora Daniela Santos (PDT) resgatou alguns fatos históricos que culminaram na independência do Brasil. “Um dos fatores que mais contribuiu para a independência foi a vinda da família real portuguesa para o país. Ao chegar, Dom João VI abriu os portos brasileiros ao comércio com outros países do mundo. Essa pequena amostra de liberdade gerou um lucro altíssimo para as elites locais, nunca visto em tempos de colônia. No entanto, a família real logo teve que voltar para Lisboa para apaziguar uma revolução. Antes de partir, D. João VI nomeou seu filho mais velho como príncipe regente do Brasil, o Dom Pedro de Portugal. Os atos do príncipe regente, baixando impostos, por exemplo, logo começaram  irritar a Corte. Com medo de perder os privilégios econômicos já conquistados, comerciantes e fazendeiros da elite brasileira fizeram um abaixo assinado pedindo a permanência do príncipe. O resultado foi o famoso Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822. Em 7 de setembro do mesmo ano, Dom Pedro declarou a independência às margens do Ipiranga. Portanto, na próxima quinta-feira comemoramos já os 195 anos de independência de nosso país”.
 
Na sequência, o vereador Gilmar Dutra destacou a figura do primeiro imperador do Brasil. “Dom Pedro era uma jovem governante muito à frente de seu tempo, pois à época já enfrentava a escravidão, atitude que ia contra a história e o poder. Era preciso ter coragem para ter ideia ter revolucionárias como a que ele assumiu. Seu grito de “independência ou morte” deu início a uma nova história para o Brasil”.
 
O vereador Azevedo da Susepe (PPS) defendeu o exercício do patriotismo. ““Pensamos que esse momento deve ser ressignificado por cada um dos brasileiros a cada ano. O culto à Pátria deve fazer parte de nosso cotidiano, como reconhecimento de pertencimento a uma nação que se constrói no dia a dia, a partir das ações de cada um dos brasileiros em diferentes atividades e papéis sociais, como professor, pai, mãe, operário, profissional liberal, militar, dirigentes, entre outros. Portanto, vamos conclamar a todos para uma pátria na qual seja possível uma conivência pacífica e possamos aproveitar da melhor forma possível as oportunidades que viemos construindo e com isso garantir um futuro mais cheio de perspectiva para todos os brasileiros”.  
 
A vereadora Telda Assis (PT), por sua vez, questionou a conquista da autonomia brasileira. “Vivemos em um país rico de extensão territorial, riquezas vegetais e riquezas minerais. A independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes do Brasil, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Mas até que ponto será que somos independentes? Até que ponto temos autonomia? Infelizmente essa nossa pátria cheia de riquezas confunde-se com um governo que não nos honra com nossos valores éticos e morais. Há poucos dias fomos surpreendidos por um Decreto do Governo Federal autorizando a exploração mineral da Amazônia, o que significa diminuir a maior floresta tropical do mundo. Mas com mobilização da sociedade, o Governo voltou atrás”.
 
O vereador Luis Paixão (PP) refletiu sobre a democracia no Brasil. “Afinal, que democracia é essa que a gente vive? Uma democracia que vem imposta? Nos libertaram dos portugueses e se amarraram com várias outras nações. Quanta evasão de divisa teve do nosso país nos últimos anos? Quantas dívidas de outros países simplesmente perdoadas?”. Na mesma linha, o vereador Itamar Luz (PSDB), acrescentou: “Estamos vivendo em um momento no Brasil que precisamos de mudanças drásticas”.