Nesta segunda-feira (7), os vereadores peemedebistas Luciano Figueiró e José Vasconcelos de Almeida, a quatro mãos, apresentaram duas emendas à Lei do Orçamento Anual (LOA) para o exercício de 2012, garantindo mais recursos ao setor primário, que ficou empobrecido com a destinação dos recursos para a contrapartida ao projeto de implantação do Campus da UFSM, no município. Com as modificações propostas pelos parlamentares, as secretarias do Interior, e de Agricultura e Pecuária, passarão a contar com um reforço de, nada menos que, R$ 800 mil, para investimentos na aquisição de máquinas, na recuperação das estradas, e no desenvolvimento de políticas voltadas ao crescimento do setor.
A solução encontrada pelos vereadores foi reduzir o orçamento de outras pastas: R$ 500 mil da Secretaria do Meio Ambiente, R$ 200 mil da Fazenda, e, mais R$ 100 mil da Secretaria de Obras. Isto possibilitou o acréscimo de R$ 500 mil para a Secretaria da Agricultura e Pecuária, e de outros R$ 300 mil para a Secretaria do Interior.
A principal razão das emendas, no dizer de Figueiró é que a Prefeitura não pode ignorar o fato de que a agricultura, a pecuária e o agronegócio, ocupam uma grande fatia da economia local, e, além disso, são bandeiras de luta do PMDB, defendidas durante a campanha do atual Governo. "O interior não pode ser sacrificado, até mesmo pela importância que representa na economia da nossa cidade. Além disso, não podemos esquecer que, dentre os 15 pontos primordiais pregados pelo PMDB, na campanha, estava o aumento dos recursos para as pastas do Interior e da Agricultura e Pecuária", ressalta o vereador.
LÓGICA - Para Figueiró, o Projeto da LOA (nº 102/2011) estima um aumento de receita no orçamento local como um todo, entretanto determinou redução brusca nos setores ligados ao meio rural, comprometendo a viabilidade dos mecanismos de atuação do setor. "A agricultura é a base do nosso Município, as pessoas batalham todos os dias de sol a sol, para que a economia de Cachoeira seja forte, e merecem maior atenção do governo municipal. Não é lógico que aqueles que produzem a maior parte da riqueza, recebam o menor retorno orçamentário", analisa o vereador.